Vi-A hoje... quis tanto apertá-lA... sentir aquele corpo, aquela pura energia...mas controlei o desejo, essa vontade de chegar mais perto e sentir aquele calor...
Guardei-a para mim, no silêncio do meu pensamento, nos confins da minha essência, no fundo de uma gaveta da minha natureza...
Imaginei que A abraçava e lhe sussurrava palavras que Ela quer ouvir, que lhe contava uma história que sei que Ela quer conhecer...imaginei, apenas... e sei que Ela o sentiu, através do meu olhar, da minha vulnerabilidade, cada vez que nos apoximamos... de como digo palavras vagas e com pouca estrutura... através do estado em que fico e não escondo, cada vez que imagino que A quero ter. E sabe que tem poder agora, que abala o meu mundo de forma quase poética e erótica; brinca com o sorriso, com a palavra e com o olhar, que me deixa completamente tonta...
(...) Acabei por ficar assim, aqui a pensar na força da Natureza que Ela é, na meiguice feita rochedo, a tentar enganar o mundo e proteger-se a si mesma da violência desta selva... Fiquei assim, cabisbaixa, após ter gasto tanta energia a tentar chegar até ao seu verdadeiro ser... E ficou a faltar uma parte em mim... aquela sem a qual já não passo bem, como se de oxigénio se tratasse... Fiquei assim, a sentir-me torturada por Ela e por mim mesma, por me prender à vida com toda a força, procurando e não desistindo... e por sentir que, simplesmente, não acontecerá, porque A pus num altar! E, em conversa comigo mesma, descobri que nao se toca no que foi colocado no altar, porque perde a sua pureza.
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2 comentários:
uau!
como te entendo
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