Foi com tristeza que li que o blog PERGUNTAR NÃO OFENDE acabou...
O dono, Mr. Ricardo, decidiu pôr termo às suas perguntas tão pertinentes ao fim de um ano, exactamente. Pois é, anunciou a sua decisão ontem, no primeiro aniversário do blog, para grande espanto dos seus leitores diários.
Só me resta desejar-lhe toda a sorte para a vida e benção da força cósmica. Que nos surpreenda novamente com algo fantástico como foi este ano de questões tão importantes.
E já agora, feliz Natal e blá blá...
Parabéns pelo blog, pelo tempo, pelas perguntas que realmente EU nunca me lembraria de fazer. Parabéns!
"Convido" todos os que nunca lá passaram a dar uma espreitadela a este espaço porque é realmente muito bom!
E era basicamente isto que eu tinha para perguntar. O blog faz hoje um ano e pareceu-me, por isso, a altura ideal para o terminar. Foram 365 dias, 365 posts, 365 perguntas, e podiam ter sido mais se 2006 fosse um ano bissexto.
Como em tudo na vida, este blog fez-se de coisas boas e de outras menos boas. De qualquer forma, a ter que eleger um momento alto do Perguntar Não Ofende, ele aconteceu, sem dúvida, quando teve honras de destaque na FHM, essencialmente porque me deu a possibilidade de comprar uma revista com a Helena Coelho na capa, sob o pretexto de que estava a fazê-lo por causa do blog. No extremo oposto, tenho que lamentar o facto de a Maxmen não ter feito o mesmo aquando da edição com a Liliana Santos. Estávamos em Junho.
Sei também que, ao tomar esta decisão, irei encher de alegria as pessoas que me são mais próximas e que, aos poucos, se foram afastando quando perceberam que a toda e qualquer pergunta que me faziam, eu respondia, invariavelmente, “Achas que isso dá para post?”. Pois bem, espero, muito em breve, voltar a ser capaz de responder às vossas perguntas como a pessoa civilizada que já fui, assim eu fique melhor desta enfermidade que, por enquanto, ainda me faz acordar durante a noite com suores frios, a gritar “Publish Post!” e “Save as Draft!” consoante o sonho é bom ou mau.
É, pois, com um misto de satisfação e dor que agora termino o blog. Satisfação porque olho para o que ficou escrito e sinto que, a haver um prémio para "Melhor blog masculino diário só com perguntas", eu tê-lo-ia ganho de caras; dor porque à hora a que escrevo este texto passa na rádio uma música do Luís Represas, que, vá-se lá saber como, nunca foi alvo de um post aqui no blog. É uma dor a dobrar, portanto. Agora que penso nisso, é curioso que nomes como Luís Filipe Vieira, Rui Veloso, Elsa Raposo, Fernando Gomes, Joaquim Monchique, Rogério Samora ou até Michael Jackson, tenham igualmente ficado de fora do blog, embora, em boa verdade, haja posts sobre papel higiénico, dinossauros, ninfomaníacas, capachinhos, Quercus, terroristas muçulmanos e chocolate branco.
Por fim, e porque um blog também é cultura, gostava de aproveitar esta oportunidade para citar um dos maiores pensadores da nossa sociedade, que há uns anos (se) questionava: De quem fui, de quem sou, onde vou? / Só eu sei, mais ninguém sabe. Ninguém. / Sim ou não, quem me dá a razão para tudo o que acontece? Ninguém. Ao contrário do Marco Paulo, – autor desta pérola cheia de raiva emocional e sensibilidade – desconheço se depois deste blog outro se seguirá. Só Deus sabe. Deus e o Pacheco Pereira, que sabe sempre tudo e mais alguma coisa.
Obrigado a todos os que por aqui passaram.
Beijinhos, Abraços e Boas Festas,
Ricardo
PS – “Bissexto” é um ano que dá para os dois lados?
(retirado de Perguntar não ofende)
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