terça-feira, abril 10, 2007

Carta para mim mesma, daqui a vinte anos...

Olá para mim mesma!
Espero ler isto com um sorriso, pelo menos de nostalgia...
O que me lembro de escrever nesta fase da vida, aos 23 anos, é porque tenho uma imaginação muito fértil, penso demais. E o que aprendi é que há voltas e contra-voltas, na vida, que são completamente imprevisíveis. E que, por mais que matute numa imagem ou condição, uma série de acontecimentos brotarão na minha vida, com os quais a minha imaginação não sabe lidar, por ainda não estar preparada.
Mas o que é facto é que acredito e espero realmente ter uns quantos cabelos brancos. Espero ter umas quantas rugas. Mas peço com fervor ao Senhor Deus Jeová, Allah, Om Shiva, que não permita que eu tenha de usar óculos tipo fundo de garrafa...
Espero que, neste ponto da vida, aos 43 anos, já tenha a capacidade para sorrir para as pessoas más. E para não me importar com coisas insignificantes. E para olhar o meu sofrimento passado como uma experiência enriquecedora. Espero que tenha conseguido perdoar quem me magoou. E perdoar-me a mim mesma, pelas coisas erradas que fiz.
O que desejo enquanto jovem, para mim mesma, enquanto quarentona, é que continue sempre com o meu sorriso. Porque faz parte de mim. E custar-me-ia imenso olhar para o passado e apenas recordar uma característica que me é tão própria.
Imagino-me capaz de conter mais as palavras, quando a ocasião o pedir. E quero manter as amizades que hoje tenho, quiçá multiplicá-las. Mas, principalmente, poder contar com quem sempre esteve do meu lado.
Desejo continuar com o coração quente e ter conseguido arranjar forças e sorrir pelo objectivo.
Desejo ter capacidade de manter o romance. De acreditar no amor e no meu amor. E na sua força.
Espero ser uma mulher decidida. E espero continuar a acreditar em mim. E ser exigente comigo mesma.
Quero ter amor para dar.
E não ter de esperar muito mais coisas da vida, para a exigência não ser demais!
Espero chegar aos 43 anos! E ler isto com um sorriso...

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