Certa manhã, a meio da minha bola de Berlim, uma amiga disse-me "Oh pá, oh Marlene, as pessoas ou querem fugir ao amor ou querem apressá-lo...e esquecem-se que o amor acontece..."
Sorri instantaneamente para a minha amiga, para quem sorrio sempre, de forma natural. Sorri mais uma vez porque ela me encantou com esta simples verdade. Porque o amor acontece. E porque fica, se tiver acontecido e vivido pelas linhas certas do tempo.
Hoje vi um casal de velhinhos no metro. Iam de mãos dadas. Olhavam-se como nos filmes. Vi aquele olhar e senti que o meu coração se preenchia. Não foi paixão que vi naqueles olhos. Aquela paixão ardente que, em todo o início de história, achamos que será imortal. Aquela paixão de rasgar a roupa e fazer loucuras. Vi um amor calmo e sábio, ternura, vida, devoção. Vi entrega total nos olhos daquele casal de velhinhos.
Hoje senti-me mais completa.
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