domingo, setembro 16, 2007

Queer Lisboa Party

Cada vez mais me convenço de que uma boa festa, para mim, é aquela na qual estão presentes amigos e, cujo ambiente se torna divertido e agradável por esse motivo.
Um espaço diferente, bonito e único, o som sempre a bombar bué com a dj Miss Nutz ao rubro, como sempre, mas o essencial da festa foram os amigos.
À hora a que cheguei o espaço estava um bocadinho apinhado e a atmosfera muitíssimo quente. À medida que passaram as horas as pessoas dispersaram e ficaram apenas as suficientes para se poder dançar sem econtrões. Gostei em especial do som, que estava potentíssimo, muito bem enquadrado...uma cara conhecida aqui e ali e tal...pronto, não foi assim uma festa de arromba mas os amigos estavam lá e quando estamos juntos fazemos a festa toda e não precisamos de mais ninguém!!!


A certa altura da noite fomos até uma das varandas e, ao olhar para a outra, à direita, reparei numa rapariga que chorava. Chorava intensamente. Sozinha. Contra o ritmo da música e daquela euforia toda. E pensei que realmente o ser humano, no geral, tem tendência para olhar apenas para o seu umbigo. Sofro eu pelos meus males e dificuldades na vida e nem sequer pestanejo quando olho para a rapariga à minha frente, que chora por motivos que desconheço mas que são provavelmente as dificuldades da sua vida. Também ela tem problemas como eu, também ela sofre. E a rapariga continua a chorar, sem que ninguém perceba ou se importe. Sozinha. Completamente perdida. Nas batidas daquela música. Fiquei algum tempo a observá-la. Quis consolá-la, mesmo sem a conhecer. Mas não o fiz. Voltei para a festa e "esqueci" a rapariga que não controlava as lágrimas, naquela varanda.

1 comentário:

Siona disse...

Também a vi, e fiquei triste por ver uma rapariga nova e bonita a chorar, sozinha, mas também não tive coragem de lhe ir dizer nada.

Mas passados uns minutos foram ter dois amigos com ela... continuava triste, mas ao menos já não estava só.

Porque choraria ela? Fiquei a pensar nisso.